7.9.08

Estúpido Cupido

Festejados leitores, retorno ao púlpito desta casa para concluir os comentários à primeira história do Homem de Ferro publicada no Brasil, que desde aquele tempo já era o país do futuro. No capítulo anterior, o campeão do mundo livre voava a toda em direção à Irlanda para uma missão da mais alta relevância para o Ocidente! Livrar o mundo da ameaça comunista? Não! Salvar o amor de Felisberto e Pimentinha! Mas se ele pensa que vai ser tão fácil quanto chutar a bunda do Dínamo Escarlate, é melhor mandar servir um Dreher assim que chegar lá, pois Felisberto não está muito para terapia de casal...




É, ninguém gosta do Homem de Ferro, pelo visto. Também, isso lá é papel de super-herói? Bancar o alcoviteiro transatlântico? A verdade é que já não há muito o que fazer por essa história e sou estou tentando pra dar um desfecho. E deve ser por isso mesmo que o Homem de Ferro resolve se sentar e pensar na morte da bezerra.



Que dilemas pungentes! Que momento dramático! Não é muita crueldade o Visionário Ex-Conde Nefaria resolver atacar logo agora? Acho que este guarda nunca se apaixonou!



Mas este Stark é um bebum mesmo, um momentinho que ele senta no tamborete e já vai pegando no sono? Vai tomar um café forte, uma ducha gelada!

Bom, vocês já sabem, a partir daqui é o que a garotada gosta, o Homem de Ferro luta com os inimigos imaginários teleguiados pelo video-game do Visionário.

Aí tem de tudo, voadora...



pilão...


Gancho de esquerda nas costelas...


E muitos diálogos edificantes! Claro, nada que chegue a ser um problema para o herói da livre iniciativa, afinal, não passam de uns "moleirões" e "bobalhões":



Uau! Isso é um passeio! Será que estes inimigos do Homem de Ferro formavam uma trupe de pastelão ou é o Visionário que não sabe jogar seu video-game?


Lembra alguém?



Que vilão ameaçador...

Mas o Homem de Ferro esqueceu de sua contraparte soviética. Ao que parece, o Dínamo Escarlate ainda tem muita brasa pra queimar:



Circuito transistorizado. Acho que essa era noção high tech da época. Mas agora dou-me conta que a tradução da Ebal está chamando este cara de "Dínamo Fantástico". Olha, eu não tô maluco não, o nome dele no original é "Crimson Dynamo". Só posso imaginar dois motivos para esta modificação: 1) dada a época da Ditadura Militar, creio que o editor da revista podia ter algum receio em fazer constar qualquer personagem que fosse expressamente vermelho, escarlate, carmim, mesmo que este cara fosse o vilão (algo do tipo, "é melhor nem tocar no assunto..."); 2) talvez o contínuo fosse esquerdista e não quisesse que as crianças da época associassem o cara malvado com o ideal da luta armada.

Bem, comunista ou não, Stark vai deixar claro que o Dínamo Vermelho é um amador que não investiu em patentes e que não tem competência pra se estabelecer numa economia de mercado:



Cara, como o Homem de Ferro é escroto...

Bem, mas tudo isso é faz de conta, na verdade quem está tomando um sacode no Marvel Ultimate Alliance é o Visionário, que vai dar mais um piti e fazer o sistema dar pau:



Sonhador? Não era Visionário? Ou ex-Conde Nefária? Xi, este cara é meio "isquisofrêniu", viu?

Bem, o Windows Vista do Visionário já era e nosso herói desperta, sem fazer idéia de que enfrentou dos braços de Orfeu um dos mais perigosos adversários de sua carreira: um designer de games. Claro, para ele foi só mais uma cochilada, afinal, ele anda trabalhando demais... no bar:



Claro, nunca aconteceu. Conheço bem suas vitaminas...

Mas e Felisberto e Pimentinha, Tony? Você veio da Irlanda pra ficar dormindo ou para reconciliar os dois pombinhos?



Ha, Homem de Ferro, você é um zero à esquerda! Passa a própria história dormindo, lutando contra adversários virtuais teleguiados por um sedentário chiliquento e ainda cruza o atlântico por conta de um problema que não é seu e que a sua Secretária resolve com um telefonema! Agora eu sei porque é que você bebe!

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