14.7.11

Capitão Barracuda, você está fazendo errado.


Coisas que não entendo na Marvel... Jack Kirby e Stan Lee criam um personagem chamado Capitão Barracuda, uma espécie de pirata high-tech sem poderes que usa um tapa-olho. O cara tem um arsenal tecnológico que foi utilizado para enfrentar o Quarteto Fantástico, Namor e até o Hulk! Isso mesmo. O cara tem uma arma que chegou a derrubar o Hulk. A minha pergunta é: por que não utilizar essa tecnologia toda para  restaurar seu olho perdido? Quer dizer... pelo menos ele poderia tentar usar uma prótese cibernética ou sei lá.

Minha teoria é que ele curte o visual. O problema é que às vezes ele esquece.

Pobre Barracuda. Não deve estar vendo nada nesse periscópio.

Um comentário:

Fábio François Fonseca disse...

Eu acho que é porque o cara cismou de ser pirata, Nix. Ele deve ter ido num desses varejos de equipamentos para super-vilões, querendo tomar um banho de loja pra ser pirata, mas o vendedor era tão bom que convenceu ele a comprar todo o estoque de super-vilão tecnológico (o saldão do Dr. Destino, talvez). Mas pra não perder de todo o cosplay que ele queria, meteu ali o tapa-olho, que é assinatura inconfundível do gênero. Brincar, ele deve até de ter o olho bom ali, escondido.

É dessa coisa das pessoas não conseguirem desistir dos símbolos que dão sentido às suas vidas. Eu pensava consideração semelhante a esta sua sobre o Coiote do Papa-léguas. Aliás, a primeira vez que pensei isso que vou falar, me pareceu algo que é a sua cara, que eu poderia ter ouvido antes de você e não me recordar. Vê aí: Ele, o Coiote, tinha a obsessão dele lá pelo Papa-léguas, precisava caçá-lo, sonhava assá-lo para serví-lo a mesa. E para conseguir o seu intento, mandava entregar todo o tipo de maravilha tecnológica, armas, foguetes, bombas. Nunca ocorre a ele que, se estava com tanta fome, por que não mandava entregar uma pizza?

Não era fome, era o simbolo. Ele queria era devorar o símbolo, que fica ali inalcançável na vista dele, feito a cenoura do cavalo. É o símbolo, não a necessidade, que fomenta e mobiliza o consumo.