18.10.07

Geração Marvel: Vingadores #9

O selo Geração Marvel é do tamanho das revistinhas da Turma da Mônica, e, assim o é pois é voltado para o mesmo público que a publicação de Maurício de Souza, a princípio, almeja. Ou seja: os pequeninos. Aquela galerinha que não sabe que o Tony Stark é um chincheiro com a burra cheia da grana que financia guerrilhas em países subdesenvolvidos, que Hank Pinn é um covarde com um gosto tanto quanto duvidoso por jaquetas amarelas, que o Hulk é uma besta fera assassina criada para gerar catarses nos nerds que apanhavam na escola, etc, etc, tem agora um gibizinho sem aquelas cronologias chatas, explicações firulentas sobre a psicologia dos heróis, e todas aquelas coisas que transformaram os gibis da era de aquário em uma extensão do divã do seu analista. Bacana, não?

Confesso que não lia gibis durante a minha infância porque, afinal, nasci pós Crise das Infinitas Terras. Tinha algumas revistinhas dos Novos Titãs espalhadas pela casa, mas, cara, era tudo um grande pé-no-saco. Eu queria ler histórias completas, porra, e sempre vinha um "continua no próximo gibi" na última página. O pior é que não existia um "próximo gibi", já que as revistinhas eram de '92, e eu só aprendi a ler em '93. Não que eu acabasse me importando muito com a continuação das histórias: Novos Titãs dos anos '90 É uma merda. Depois, li em '96 ou '97 o Doomsday, que também foi um c*, e larguei de mão esse negócio de quadrinho ianque, só voltando as leituras novamente em 2001, com o universo Vertigo, como reza a cartilha de toda goticazinha. Mas isso não importa. O fato é que se houvesse algo como esse gibi dos Vingadores, que pretendo comentar no presente texto, na aurora da minha vida, minha formação quadrinhística teria sido muito diferente. Afinal, comics oughta be fun. Uma regrinha simples que muita gente parece ter esquecido com esse negócio de mata, ressuscita, re-mata, re-ressuscita.

Na história, uma formação ideal dos Vingadores (Cap. América, Tempestade, Hulk, Homem-Aranha, Garota Gigante, Homem de Ferro e Wolverine) já começa quebrando o pau em um esconderijo do organismo encefalicamente super-desenvolvido Modoc; um local idílico onde todos os cientistas da IMA usam roupas amarelas com seus primeiros nomes estampados na lapela, e os churrascos de final-de-semana terminam sempre com o escalamento de uma cobaia para seus experimentos malignos. Modoc coloca todos em uma cilada e transforma a galera em, duh, Modocques. Só que alguma coisa dá errado, e os Vingadores viram aqueles troços cabeçudinhos... só que ainda lutando contra o crime!

O gibi ainda está nas bancas, e aconselho a todos que estiverem olhando esse blog agora a saírem da frente de seus computadores e o comprarem imediatamente. Pastelão de primeira, no maior estilo das adoráveis histórias do Quarteto, com um traço hiper-realista e cores fantásticas. Tenho certeza que garantirá boas risadas para todos nós.

PS: e não é que o Aranhadoc ficou uma gracinha? sério, gentem, tou pensando em tatuar. assim, na barriga. fofo, não?

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